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UFS fez quase seis mil testagens de janeiro a setembro de 2022

A Força-Tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Sergipe, coordenada pelo professor Lysandro Borges, recebeu 5900 kits de anticorpos por florescência para realização do acompanhamento e testagem da comunidade acadêmica, incluindo servidores, terceirizados, professores e alunos. “No balanço de janeiro até o final de setembro de 2022 consta a realização de 5890 testagens. Esses pacientes foram testados no laboratório de bioquímica clínica, com agendamento na Divisão de Assistência ao Servidor (DIASE). Os detectáveis, ou positivos, foram imediatamente comunicados e afastados das suas atividades, não tendo nenhum prejuízo, visto que ele, com covid, é afastado e tem direito ao atestado médico”, explica Lysandro.

O professor aponta que, dos anticorpos, 5325, três deram somente o IGM detectável, significando o contato recente com o vírus. “O balanço aponta que 3823 pacientes deram IGG detectável ou reagente, que é o anticorpo caracterizado pela exposição anterior ao vírus, mas, no caso do processo de vacinação, indica que esses indivíduos formaram os anticorpos vacinais, ou seja, são 3823 da comunidade acadêmica que formaram os anticorpos IGG, os anticorpos vacinais”, pontua Lysandro.

De acordo com ele, 1484 pacientes tiveram tanto IGM quanto IGG detectável. “São pessoas que tiveram contato recente com o vírus e também tiveram a formação do anticorpo de memória, o IGG. Esses pacientes, os 1484, que tiveram ambos os anticorpos, também podem ser pessoas que foram vacinadas perto da data da testagem, já que o complexo vacinal pode induzir o aumento de IGM, portanto esse IGM deve ser, e foi, confirmado pela pesquisa por Swab nasofaringe, para ter certeza que o paciente não está contaminado no momento. Apenas nove pacientes não tiveram nem IGM e nem IGG detectável”, detalha o coordenador da Força-Tarefa Covid-19 da UFS.


Professor Lysandro Borges, coordenador da Força-Tarefa Covid-19 na UFS (Foto: Schirlene Reis).
Professor Lysandro Borges, coordenador da Força-Tarefa Covid-19 na UFS (Foto: Schirlene Reis).

Repetição

Lysandro ressalta que dos 5890 pacientes, 730 tiveram suas testagens repetidas e confirmadas pelo mesmo método para confirmação do diagnóstico. “Essa confirmação e repetição é fundamental, já que o nosso laboratório fornece o diagnóstico para o indivíduo em relação aos anticorpos. E sabemos que a repetição do teste confirma o resultado anterior desses que foram repetidos, a maioria confirmou os resultados. Uma parte desses não confirmou, mas fornecemos à comunidade acadêmica a certeza do diagnóstico sorológico correto e do diagnóstico antigênico correto, visto a responsabilidade que o nosso laboratório tem testando a comunidade acadêmica há mais de três anos”, enfatiza o professor.

A partir dos dados coletados, foi produzido um gráfico (vide imagem) que ilustra a evolução dos anticorpos com o passar do tempo e a queda desses anticorpos no período de recesso acadêmico, quando poucos alunos estavam frequentando a universidade. “O laboratório não parou, continuou testando, mas a demanda pelos testes de anticorpos caiu drasticamente, por isso esse vale observado no gráfico. Chegamos a seguintes conclusões: grande parcela da comunidade acadêmica testada, tanto para antígenos como anticorpos, tem imunidade vacinal, ou seja, forma IGG, que é o anticorpo de memória, mostrando que esses indivíduos estão protegidos contra o agravamento e morte pela covid, pois a vacinação não impede que o paciente pegue e transmita a doença, mas sim impede a morte e o agravamento”, aponta.


Gráfico mostra evolução dos anticorpos e a queda deles no período de recesso acadêmico.
Gráfico mostra evolução dos anticorpos e a queda deles no período de recesso acadêmico.

Acompanhamento

Para ele, os pacientes com IGM reativo mostram que o processo de vacinação também desperta a produção do IGM. “Por isso é de fundamental importância considerar que os anticorpos não podem ser usados como diagnóstico, mas sim como acompanhamento sorológico e epidemiológico”, explica.

Lysandro ressalta também que foram realizadas testagens com antígenos doados pela Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe. “Houve esse apoio no processo de retorno seguro às aulas na Universidade Federal de Sergipe. Continuaremos testando a comunidade acadêmica, agora com o antígeno que ainda temos disponível, uma grande quantidade de antígenos para verificar se o vírus continua circulando ou não na comunidade acadêmica. Como o vírus deve continuar circulando no nosso meio, é de fundamental importância que as pessoas que tenham algum problema imunológico, alguma comorbidade, usem a sua máscara, as pessoas que convivem com grupos de risco também devem se proteger, tomando as quatro doses da vacina, toda a comunidade sendo vacinada, com as quatro doses, melhorará esse perfil dos anticorpos de memória, que vão proteger contra a morte e o agravamento”, destaca.

“Esse estudo é pioneiro, e mostra a importância dessa parceria da UFS com o Governo de Sergipe na doação de antígenos, e da universidade com o Ministério da Educação, que recebeu esses testes de anticorpos que hoje são úteis no levantamento epidemiológico para um retorno às atividades de maneira segura”, complementa o pesquisador.

Conforme Lysandro, quem precisar passar pela testagem deve procurar a Diase. “As testagens continuam sendo realizadas na UFS. Para tanto, é necessário fazer um agendamento na Diase, lembrando que o horário para coleta continua o mesmo: das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira, no laboratório de bioquímica clínica”, completa.

Ascom


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